
O assunto do momento é o racismo. O Grêmio (meu time) foi excluído de uma competição devido a manifestações racistas de alguns torcedores que estavam no estádio, em um jogo contra o Santos. Vamos deixar claro foram alguns, a maioria esmagadora da torcida gremista, não é racista, e tão pouco o clube, ou será que permitiríamos que o hino tricolor fosse de composição de um negro? Ou ainda que a única estrela que está em nossa bandeira seria homenagem a um negro? Punir um clube, tentando consertar um problema histórico e cultural, é no mínimo questionável.
Hipocrisia, nosso País é assim, não resolvemos os problemas, vamos empurrando com a barriga, varrendo a sujeira para baixo do tapete, quando acontece algo que ressalte isso de forma acentuada é hora da caça as bruxas, é hora de encarar e resolver. É caso de pena de morte para a infeliz jovem que foi filmada proferindo xingamentos? Não, ela errou é fato, mas com certeza já teve a condenação que merecia, perdeu emprego, foi condenada pela sociedade sem julgamento.
Por que não condenamos quem realmente deve ser condenado? Para ficar apenas em um exemplo, como mantemos uma pessoa como Renan Calheiros como presidente do senado federal com o currículo que ele tem? Um cara que já abriu mão do mandato para não ser cassado.
Vamos excluir o Grêmio, com um julgamento inidôneo e imparcial, com um dos auditores do STJD com um humor “peculiar” digamos, fazendo chacota em postagens contra afro descendentes. Faça o que eu digo, não faça o que eu faço?
Meu Brasil, como me frustra a forma como encaramos os problemas, como se todos nós não soubéssemos que racismo existe, nossa sociedade é racista, somos até de forma inconsciente. Você não sente receio quando uma pessoa de cor a noite chega próxima de você? Sente o mesmo se fosse um branco bem vestido?
O fato é que para encarar os problemas que nosso País têm, e têm muitos. É preciso coragem e querer encarar. Pelo amor de Deus! Isso tudo começa onde?
Na EDUCAÇÃO, país que não investe na educação de seu povo, não evoluí, não cresce. Criamos meros repetidores, e a repetição é burra, ou você aprende sem questionar? E como questionar se nossa pobre educação vive em um sistema arcaico, em que não se estimula a criação? Onde não se paga um salário digno para a profissão mais importante do mundo.
Meu Brasil, que nosso povo se rebele contra a hipocrisia, contra as injustiças, contra todo e qualquer tipo de preconceito, mas antes de tudo isso, que o nosso povo, eu, você, nós, levantemos a bunda da poltrona e vamos parar de reclamar, chegou a hora de agir, chega de rebeldes sem causa. Sou um inconformado pela falta de EDUCAÇÃO e comodismo que impera em nosso Brasil.
E você é inconformado com o quê? Onde sua bunda está agora?
Frederico da Luz – 04-09-2014
E o Cachorro acorrentado late…

Fiz uma viagem de bicicleta pelo interior de Minas Gerais em julho, eu e mais 7 amigos fomos desafiar um trecho da Estrada Real – O caminho do Diamantes. A Estrada é formada por paisagens belíssimas. A viagem propicia momentos para pensar e refletir sobre diversas questões da vida. No primeiro dia da pedalada avistei um cachorro latindo com voracidade, ele estava acorrentado em frente a casa, na saída de Diamantina.
Aquela cena me chamou a atenção, fiquei com aquela imagem durante algum tempo. Todos temos questões que gostaríamos de resolver, que nos inquietam e perturbam, pode ser uma dificuldade no trabalho, um problema de relacionamento ou qualquer coisa que de certa forma nos cause algum tipo de desconforto.
Não raras vezes, sabemos o que deve ser feito e gritamos aos quatro ventos a solução. Gritamos, berramos, se pudéssemos até latir, acho que latiríamos. Só que muitas vezes não conseguimos no libertar da corrente, que nos dá mobilidade mínima, no entanto não cala nossa insatisfação.
A angústia desse tipo de situação é algo que mostra claramente nossa limitação. A vida apesar de linda e especial a cada dia nos mostra que saber diferenciar situações em que realmente não podemos agir ou mudar, das que temos condições de agir é essencial para evitar frustrações.
Não podemos ser acomodados com todas as situações que a vida nos impõe e isso se tornar um impeditivo para mudanças, apenas temos que ter a sensibilidade para saber o que podemos mudar, e aceitar o que não podemos.
Para quem quiser mais informações sobre a viagem pode acessar o blog da viagem – http://pedaladacaminhodosdiamantes.wordpress.com/
Frederico da Luz – 07-08-2014
Nossa Casa – A Copa

Quando você convida alguém para visitar sua casa, o que é praxe fazer? Organizar a casa, deixar ela limpa, aconchegante, comprar alguma coisa para oferecer aos convidados, tratá-los com cordialidade e respeito, concordam?
Alguns vendem a ideia que a copa será um fracasso, estádios inacabados, aeroportos sem estrutura, dinheiro público jogado fora, que haverá manifestações, quebra-quebra e tudo de pior.
Pergunto uma coisa, quem convidou? Não foi o nosso País que foi solicitar que a Copa fosse realizada aqui? Quem pleiteou a copa, não era o representante do povo? Que se não foi com o seu voto, foi eleito para representar o País, não foi?
Não concordo com quem afirma e torce pelo fracasso da copa, apesar de também não concordar como o planejamento, ou digamos a falta de planejamento que o País teve para recebê-la. Com obras atrasadas e orçamentos supervalorizados, enfim tudo aquilo que nos acostumamos, a reclamar e nos indignar. Agora pergunto, adianta boicotar a Copa? Deixar de colher os frutos que ela proporcionará ao País? Sim, frutos, turistas trazem dinheiro e isso fica no Brasil.
Temos a oportunidade de mostrar ao mundo nossas potencialidades. Vamos preferir apontar nossos defeitos? Quando você recebe visitas em sua casa, você diz que o banheiro tá com vazamento? Que não teve dinheiro para pagar a faxineira? Que a casa segue com goteiras? Ou oferece o melhor salgado e bebida que você tem?
Não queiramos que o Brasil tenha uma copa perfeita ao estilo alemão, não somos alemães. Somos Brasileiros com muito orgulho, temos que perder esse espírito “vira lata” de achar que tudo que temos é ruim, ou só fazemos as coisas no “jeitinho”. Nosso País e nosso povo têm valor e isso temos que mostrar ao mundo, ou você irá apontar a goteira?
Frederico da Luz
Páscoa para renascer

O significado da páscoa para os cristãos é a ressurreição de Cristo depois de sua crucificação. A vida é uma constante ressurreição, todo dia estamos recomeçando, a cada novo dia, temos a oportunidade de vivenciarmos sentimentos novos, mudar aquilo que nos incomoda e esta a nosso alcance e refletir sobre aquilo que gostaríamos de mudar, mas não há possibilidade, pois como humanos temos limitações.
Nessa data onde as famílias se reúnem, amigos confraternizam por que não também aproveitarmos para algumas mudanças (ressurreições)? Mudar a forma como tratamos nossos próximos, nossos pais, filhos, e todo nosso circulo de amizade, cobrando menos e aceitando mais. A mudança começa dentro de cada um, mudar dentro, é o primeiro passa para transformarmos o exterior. E o poder de um singelo gesto, de uma pequena mudança tem efeitos gigantescos, proponho, dê o primeiro passo.
Nas nossas relações sempre temos algo “a resolver” por que não aproveitar o momento para resolver? Perdoar, pedir desculpas são atitudes nobres, difíceis muitas vezes, mas de um poder libertador.
Permita nesses dias de confraternização que o amor é o sentimento que predomina para tirá-lo da teoria e aplicá-lo na prática, basta ter coragem e fé, a mudança começa dentro de cada um.
O que você está esperando para dar o primeiro passo?
Uma bela páscoa para todos!
Um Forte abraço!
Frederico da Luz – 18-04-2014
Parabéns, Minha Irmã
Eu com meu jeito “certinho” ela com seu jeito rebelde e espontâneo, eu seguindo praticamente todas convenções socias, ela simplesmente sendo ela mesma e pouco se importando com tais convenções.
Aos 17 anos uma grande mudança, ela ganhou um presente, meu sobrinho, o Antônio, um menino que encanta por sua educação e leveza, uma cria da fronteira de 2 países. A menina que pouco se importava com as convenções, virou mulher. Cuidar do filho, da família, estudar e trabalhar foi uma grande mudança, mas ela com seu bom humor, normalmente habitual, levava as coisas da melhor forma possível. Minha irmã sempre diz, principalmente quando entro numas crises existências, mano não pensa muito, fala sem pensar é o que eu faço. Ela paga um preço alto muitas vezes pelo seu excesso de sinceridade.
Profissional reconhecida na sua área consegue deixar as situações difíceis da vida mais leve para seus pacientes. Inúmeras vezes recebe presentes dos pacientes e familiares, pelo seu trabalho e seu jeito atencioso, está sempre disposta a ajudar. Minha irmã me mostra a cada dia o que realmente importa na vida, que são as pessoas, ela cuida das pessoas, vive para o outro e o que recebe em troca? Não tem preço.
Nessa nesse teu dia só tenho que agradecer, por ter tido a sorte de te ter como irmão. Tenho o privilégio de conviver contigo, uma pessoa que muitas vezes esquece de si, em beneficio do outro e que não mede esforços para ajudar.
Com certeza tu não és a melhor mulher do mundo, nem a melhor filha, nem a melhor mãe, tão pouco a melhor profissional, e com certeza não é a melhor irmã do mundo. Só tenho certeza que és a melhor mulher que tu poderias ser, a melhor filha que o Guto e a Leonor poderiam ter, a melhor mãe que o Antônio poderia querer, a melhor profissional que teus pacientes queriam ter, e sem sombras de dúvida a melhor irmã que eu e o Gui queríamos ter.
Te amo, te admiro e te respeito muito minha irmã, se o mundo tivesse mais pessoas como você estaríamos muito melhor. Um Enorme beijo no teu coração e FELIZ ANIVERSÁRIO!
Frederico da Luz – 07-04-2014
Gosto do que faço, ou faço o que gosto?
Conversando com um amigo, discorríamos sobre os sonhos e frustrações da vida adulta. Tanto eu, como ele, resolvemos entrar para o serviço público, e obtivemos êxito. Não somos colegas, mas seguimos amigos.
A conversa chegou a um ponto muito interessante. Em alguns casos, muitas vezes temos que fazer coisas que não gostamos no trabalho, até ai nenhum problema, acredito que isso ocorre com praticamente todo mundo, no entanto, algo que ele comentou comigo, foi muito interessante.
Ele em conversa com seu pai, recebeu o seguinte conselho:
– Filho não temos que fazer sempre o que gostamos, e sim aprender a gostar do que formos fazer .
De um problema, saiu à própria solução. Vendo as coisas por este lado, muitas coisas são resolvidas. Se temos que fazer alguma coisa, e não está ao nosso alcance, não fazê-la, não seria melhor fazer com prazer?
Desenvolver um sentimento positivo na ação que deverá ser realizada?
Frederico da Luz – 03-04-2014
Sempre e nunca

Palavras fortes têm o poder de transformar o mundo, ou restringir sua complexidade.
Gosto muito do ditado:
– Nunca diga nunca.
Na vida estamos em constante mudança, transformação. O mundo muda, nós mudamos, as relações que temos mudam e esse ciclo é constante, não pára. Temos que estar em constante adaptação.
Muitas vezes tentamos simplificar o complexo com tais expressões:
– Isso nunca aconteceu;
– Sempre vai ser assim.
Qual a base de tais expressões? Estão baseadas numa premissa equivocada, salvo raras exceções, que o mundo é, e sempre será da forma como conhecemos, supõe que sabemos tudo o que virá acontecer. Pretensioso da nossa parte, não?
Temos dificuldade com a mudança, calma, isso não é privilégio seu. O desconhecido assusta, é mais fácil o conforto e a segurança do conhecido, mesmo que este não seja bom.
Então arrisque, tente, crie, faça diferente, e não se deixe influenciar por tais expressões que normalmente escutamos, quando queremos fazer algo diferente. Os loucos não são os que fazem diferente, e sim os que fazem a mesma coisa querendo resultado diferentes.
Sempre esteja em constante adaptação, e nunca pare de sonhar, esse é o segredo…
Frederico da Luz – 29-03-2014
Vida
O que se leva da vida são as sensações, a alegria de um encontro, o momento difícil de dor, o choro, o riso…
A família que nascemos, a família que construirmos, os amigos, os que nos deixam, e os que deixamos. E cada pessoa que passa pela vida da gente, deixando um pouco de si e levando um pouco de nós.
Tudo na vida tem 2 lados, prós e contras, se não podemos controlar o que a vida nos reserva, podemos escolher o que irá ficar guardado em nossa lembrança e coração.
Escolher, o doce, ou o amargo, a delicadeza, ou indiferença, a tolerância, ou a violência… A vida é isso, que colhamos os frutos que plantamos e que possamos continuamente estar plantando, plantando e plantando…
Uma música muito singela e simples consegue sintetizar muito bem a vida, não encontrei o autor, a letra é assim:
“Vida é chuva, é sol, uma fila, um olá
Um retrato, um farol, que será, que será?
Vida é o filho que cresce, uma estrada, um caminho
É um pouco de tudo, é um beijo, um carinho
É um sino tocando, uma fêmea no cio
É alguém se chegando, é o que ninguém viu
É discurso, é promessa, é um mar, é um rio
Vida é revolução, é deixar como está
É uma velha canção, Deus nos deu, Deus dará
Vida é solidão, é a turma do bar
É partir sem razão, é voltar por voltar
Vida é palco, é platéia, é cadeira vazia
É rotina, odisséia, é sair de uma fria
É um sonho tão bom, é a briga no altar
Vida é o grito de gol, é um banho de mar
É inverno, é verão
Vida é mentira, é verdade
E quem sabe a vida, é da vida, a razão”
Frederico da Luz – 17-03-2014
Gaia – Somos todos um só

Na mitologia grega, Gaia é o nome da deusa da Terra. Gaia é a personificação do planeta Terra, representada como uma mulher gigantesca e poderosa. Em homenagem à deusa grega, a Teoria de Gaia (também conhecida como Hipótese de Gaia) foi criada pelo cientista britânico James E. Lovelock. Nela o cientista descreve o planeta Terra como um organismo vivo.
A teoria de Gaia nos proporciona reflexões importantes. Sendo a terra considera um organismo vivo, todos nós que fizemos parte dela temos um papel importante para seu funcionamento. Se a teoria estiver correta, e a lógica é muito interessante, teríamos uma função importante e essencial para o bom funcionamento e harmonia do planeta, não sendo mais importante o individual e sim o coletivo.
Não basta que parte da população tenha recursos ilimitados e a maioria sobreviva com dificuldades. Seria como se analisássemos uma pessoa com um coração saudável, mas consumida por um câncer generalizado. O exemplo é absurdo, mas a intenção é retratar o que estamos fazendo com nosso planeta. Extraindo e explorando de tal forma que ele já começa a mostrar sinais de descontentamento. Seriamos nós, os seres humanos, o câncer de nosso planeta?
Acredito que não, mas muitas vezes agimos como se fossemos. Hoje o foco é o individualismo, temos que ser o melhor, o destaque, o todo poderoso, e os outros ficam sempre em segundo plano. Entendo que uma consciência maior de comunidade e de compreensão que fizemos parte do mesmo todo é fundamental para que possamos construir um lugar melhor.
Ou você se sente confortável, em saber que para que alguns estejam bem, há um sacrifício da maioria? E se formos o câncer do planeta, uma hora ele vai querer se curar (nos eliminar), ou simplesmente morrerá… Cabe a nós definirmos que papel nesse grande organismo teremos… Seremos o problema, ou a solução? Com a resposta, vocês…
Frederico da Luz – 27-02-2014
Medo do espelho

Vivemos com medo, de não atender as expectativas dos amigos, da família, da sociedade, de sermos simplesmente nós mesmos. Não necessitamos da aprovação de ninguém, a não ser de nossa própria consciência, de estar em paz.
Para estar em paz, é necessário se conhecer, saber quem realmente é, você sabe? Se conhece o suficiente para ser responsável por sua vida, ou sua vida simplesmente é atender expectativas buscando a aceitação que só você pode dar?
Olhar para si requer esforço. Parar, sentir, perceber, observar o que passa dentro de você é essencial e muitas vezes difícil, podemos fazer de nossa vida o que quisermos, mas chegará um momento em que você olhará no espelho, e se não conseguir encarar a pessoa que você vê, será devastador.
Todos erram, temos que aprender com os erros, e todo dia que nasce é tempo de recomeçar. Olhe para dentro e perceba se a vida que você leva é a que deseja, caso não for, é hora de superar o medo, ou se preparar para encarar o espelho.
Frederico da Luz – 09-01-2014