Paixão e Amor

Como é bom se apaixonar, criar um ideal referente a alguém e só ver coisas belas e interessantes no outro, que na verdade não passam de uma ilusão. O outro não é o ideal que construímos dele, isso é fato.

Como é bom olhar o outro com os olhos da paixão, com o mistério que ela traz na construção de um ideal utópico sobre o outro que na verdade não conhecemos, não nos apaixonamos pelo outro, e sim pelo ideal que criamos dele.

Como é bom, ter o coração acelerado, o suspiro profundo, o desejo da conquista, naquele autoengano que encanta e nos faz mover montanhas.

A fase da paixão é intensa, tudo são flores, até o defeito do outro vemos como qualidade. Nossa projeção é tão forte que só beleza e desejo conseguimos ver.

Depois da paixão, que dizem pode durar dois anos, existem os sortudos apaixonados que conseguem transformar a paixão em amor e vivenciam outra relação. Normalmente, não tão intensa quanto a paixão, mas algo até mais prazeroso com a paz e tranquilidade que um amor traz. Algumas situações até fazem relembrar a paixão, que bom que algumas vezes seja possível reviver aqueles sentimentos, já numa fase mais madura de uma relação como o amor.

Paixão, amor, relações. Todas as fases que se vivência numa relação são interessantes, basta saber aproveitar e viver o que a vida proporciona, com suas intensidades, riscos e mistérios.

Dá pra viver um amor, sem ter vivido a paixão?

Frederico da Luz

Liberdade e Amor

O que é ter liberdade? É agir livremente sem pensar nas consequências?
É deixar de agir, porque a ação pode ter impacto indesejado em alguém?

Todos arcamos com nossas ações, sejam elas boas, ou ruins, toda ação tem algum impacto, seja ele positivo, ou negativo.
Faz sentido não fazer algo, que de alguma forma pode ser prejudicial a alguém? Porque alguém agiria dessa forma?
Muitas perguntas, poucas respostas.

Você se sente realmente livre? O que é se sentir livre?
Uma relação afetiva entre duas pessoas pode ser literalmente livre?
Conseguimos dar tudo o que a outra pessoa quer ou deseja? Ninguém pode dar tudo, normalmente buscamos no outro é a falta, a falta que ele nos gera que nos move.

Liberdade pode caminhar junto com o amor?
O amor pode caminhar junto com a liberdade? Se houver comunicação clara, onde as “regras” do que é aceitável e válido for claro e respeitado por ambos, temos liberdade, não? Há liberdade com “regras”?

Quando o amor é nítido, reconhecido, sentido e surgem coisas sem lógica ou explicação?
Na vida almejamos o crescimento pessoal, aprendendo com as nossas falhas, erros e nos respeitando como humanos, seres limitados e de ações algumas vezes incompreensíveis.

O que é liberdade para você? Liberdade e amor podem caminhar juntos?

Frederico da Luz – 15/01/2023

Normais ou loucos?

Socialmente existe um padrão a seguir para ser considerado “normal”. Casar, ter filhos, ser magro, ter dinheiro, entre outras coisas… Se portar de acordo com o que a sociedade espera. Esse é o “normal”…

O “louco” são todas as outras formas que não se encaixam nisso, seja uma maneira diferente de pensar, de ver a vida, de levar a vida, tudo que é diferente assusta, é mais fácil rejeitar o diferente do que crescer e respeitar as diferenças, aqui me refiro a toda e qualquer diferença, crença, sexo, ideologia…

O que vivemos hoje é uma briga de imposição pessoal entre as pessoas, que querem impor as suas verdades, o seu “normal”, se não é do jeito e da forma que quero, ou penso, não serve, devo rejeitar, destruir.

Deixamos de crescer e aprender todos juntos ao não aceitarmos as diferenças, elas nos permitem pensar fora da caixinha, nos mostrando outra visão. Não é feio mudar de opinião, nem tão pouco mantê-lá, desde que aceitemos a liberdade do outro de mudar, ou manter suas convicções.

O que falta no mundo de hoje é tolerância, compaixão, respeito e amor.

Vamos exercitar mais isso?

Frederico da Luz – 16-03-2018

Formas de Amor

Não, não irei escrever sobre ideologia de gênero e relações entre pessoas do mesmo sexo. Escrevo sobre as formas de como demonstramos amor.

Demonstramos esse sentimento de formas diferentes. Alguns usam as palavras, ditas ou escritas, outros o toque, o carinho, o chamego, outros criam oportunidades para o amado(a), são infinitas as formas de expressar o que sentimos.

Percebendo essas diversas formas, noto a dificuldade de algumas pessoas em aceitar o amor, da forma como o outro consegue demonstrar.

Muitos só reconhecem as demonstrações de amor, se estas são como eles gostariam que o outro se expressasse, ou como demonstram o seu jeito de amar.

Condicionando as formas de receber e aceitar o amor, limitamos como o outro demonstra o sentimento mais nobre que existe e colocamos o amor numa caixinha restrita, não permitindo que o outro explore toda sua forma de expressar o seu amar.

Somos diferentes, aceite as infinitas formas que existem de expressar o amor, e demonstre o seu amor da sua forma única e especial.

Frederico da Luz – 01-02-2018

Elegância

Elegância

Apesar de vivermos em uma sociedade tida como “civilizada”, ainda mantemos comportamentos ancestrais, que se manifestam pelo grito e pela brutalidade, pela demonstração de força e ameaça como armadura protetora.

Embora o nosso mundo não permita, acredito na força da gentileza, da elegância e da suavidade.

Como diz Abnara Leon:

“A verdade cabe em todo lugar,

Bem como a boa conduta, elegância e a palavra que ajuda.

Muitos tem razões

Poucos tem sensibilidade

E alguns, menos ainda…o entendimento”!!!

Como diria Yves Saint Laurent: “sem elegância no coração, não há elegância”.

Ser elegante com os outros é notabilizar-se pelo respeito.

O respeito é virtude de almas elegantes.

Paul Valéry diz que a “elegância é a arte de não se fazer notar aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir”.

Infelizmente, convivemos com atos de brutalidade explícita e implícita em todos os ambientes. É uma brutalidade física, psicológica e espiritual. Sentimos essa brutalidade e agressividade no trabalho, nas redes sociais, nas ruas, em diversos ambientes.

Como mudar isso?

Creio que a resposta está no amor. Como diz Osho: “O inimigo real do amor não é o ódio – o inimigo real do amor é o ego. Na verdade, o ódio e o amor, como o conhecemos, são dois lados da mesma moeda. O amor chega quando você não está presente, quando o ego não está presente. E o ego não está presente, você não está presente, quando você não é  ambicioso. Um momento não ambicioso é um momento de meditação. Em um momento não ambicioso, quando não estamos buscando nada, pedindo nada, rezando por nada; quando estamos totalmente satisfeitos com o que somos, não nos comparando com ninguém mais – nesse momento tocamos o reservatório profundo do divino. Então o amor flui. Então você não pode fazer outra coisa, só pode ser amoroso. Esse amor é um estado da mente, não um relacionamento. O outro não existe, o ser amado não existe, você está simplesmente amando qualquer coisa que entre em contato com você. Você é o amor. Você vive no amor. Ele se tornou o seu perfume”.

Autor José Renato Ferraz da Silveira

 

Amor, Satisfação e Desejo

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O que seria o amor?
A idealização de alguém com quem nos identificamos. Que nos proporciona um bem estar, onde a sensação de estar junto traz ao mesmo tempo inquietação e paz.
Onde tudo se encaixa e faz sentido, onde não necessariamente faça sentido. Amar é o autoengano mais certo que existe, amar é viver plenamente.

E a satisfação?
Satisfação é a completa insatisfação. Na verdade nunca é alcançada na sua plenitude, pois a satisfação é fugaz e passageira. É um círculo vicioso de querer sempre mais e mais, onde apenas há troca de objetos que nos dão a falsa sensação de satisfação.

E o desejo?
A… o desejo. O desejo é o que não se explica. Ele nos move sem percebermos, tudo que almejamos, queremos, DESEJAMOS e não sabemos. É a vida mostrando o quão louca é. Onde todo sentido, não faz sentido.
Onde tudo, é nada.
Onde o complexo, é simples.

O que move você?

Frederico da Luz – 22-10-2016

Ame muito

Aamor

Na vida são poucas as certezas que temos, a única real é a morte. Mesmo assim, não é o fim e sim um recomeço.

Como viver nessa “insegurança” da vida?

Como ter um pouco de paz e criar algum sentido, nesse mundo louco?

Além da morte, trago na vida uma certeza que defini como prioridade, o amor. Sentir e explorar esse sentimento tão nobre, muitas vezes deturpado nos dias de hoje. Não importa o quê, ame, ame muito, com todas as forças, esse sentimento é algo que não limita, agrega, não restringe, amplia, não afasta, junta.

Descubra algo que você ame na vida. Pode ser uma pessoa, um trabalho, um lugar, um time, enfim, as opções são muitas, mas ame. E o melhor de tudo isso, o amor expande, faça o exercício de ver amor em tudo que você faz, mesmo nas tarefas “chatas” e corriqueiras, vais ver a transformação que esse sentimento gera.

O amor hoje tão banalizado e distorcido muitas vezes nas redes sociais precisa de menos exposição e “virtualidade” e mais carinho e atitudes.

Quem ama e consegue colocar amor na sua vida é mais feliz. Todos têm capacidade de amar e ser feliz. Amar é um exercício, muitas vezes não fácil, no entanto extremamente recompensador.

Em época de festas e comemorações, ame, não ame pouco, ou comedido ame muito, não economize no amor, ele não precisa de economias. Quanto mais amor se dá, mais amor se tem. E é o amor o sentimento mais nobre que existe nessa nossa louca vida…

Frederico da Luz – 17-12-2014

O conforto da dor

Conforto da dor

Todos temos dificuldades, alguns mais, outros menos, o que difere uma pessoa da outra é como a enfrentamos, onde guardamos ela. Durante a vida são inúmeras situações que nos fazem sofrer. Somos humanos, perdas, frustrações e desencantos fazem parte da vida.

Algumas pessoas lidam com isso de forma rápida e prática, outras precisam de um tempo maior, outras não querem, ou não permitem perder e se afastar dessa dor. Esse é o ponto aonde quero chegar.

Sabem de uma coisa? Apesar de não ser um lugar bom, a dor é um lugar confortável. Antes de ser linchado, deixem-me explicar. A dor que temos, que guardamos, que não conseguimos largar, superar, é confortável, é um lugar conhecido. Sabemos o que ela gera em nós e normalmente o motivo do que nos leva a sofrer.

Óbvio que essa escolha não é racional, consciente e sim uma forma que nos permite seguir confortável, em um lugar não tão bom, mas conhecido, longe das oportunidades e do desconhecido, do novo, das descobertas, enfim da vida…

A vida é feita de ciclos, ficamos felizes, tristes, conquistamos, perdemos, comemoramos, sofremos, passamos por todo tipo de situação, só que a forma como guardamos ou não, nossa dor é o que nos diferencia.

Não há certo, ou errado há sim os que decidem se arriscar no desconhecido, mas nada confortável lugar das descobertas e da evolução, ou dos não corajosos, que preferem o doce conforto da dor…

Frederico A. S. da Luz – 08-06-2012

ROMÂNTICO x GENTIL: quem é “O Cara” ?

beijo na testa
Todo mundo já ouviu dizer que mulher sonha com um príncipe encantado.
Na verdade, está é uma frase que, atualmente, deve ser vista com grande temperamento. A maioria das mulheres do mundo moderno idealiza para si um companheiro, um parceiro, alguém que a trate bem, que cultive valores semelhantes, e tenha um objetivo de vida comum ao seu. Quanto se fala em “príncipe encantado” a maior parte das mulheres não idealiza uma figura despida de defeitos, mas apenas um alguém cujos gostos e estilo de vida fechem ou se aproximem com os seus gostos e estilo de viver.

Para algumas mulheres é ainda indispensável que nestes “gostos e estilo” haja um ser romântico. Para outras, porém, o mais importante é que seja gentil. Sim, porque “gentileza” e “romantismo”, em que pesem possam andar juntos, são coisas que definitivamente não se confundem.

Romântico é o homem que te manda flores com freqüência; que te faz declarações apaixonadas; que te prepara surpresas; que sempre acerta no presente, seja no tamanho seja no gosto. Romântico é o cara que analisa, que faz de tudo para agradar uma mulher e até agrada, sendo que algumas vezes um gesto de romantismo é feito para “tapar provisoriamente” qualquer ‘pisada na bola’, ou um desvio de conduta até então intolerável, fruto aí de um descaso ou um desequilíbrio que seja.

Gentil, porém, é o homem que tem como prioridade o respeito; que naturalmente se importa com o seu bem estar; que se importa com suas escolhas, que gosta de dialogar sobre seu dia; que nutre respeito não só por você, mas pelas pessoas em geral, porque é da análise de um todo que se pode compreender a personalidade de alguém. Gentil é o homem que pode até esquecer qual seu gosto de roupa, e o endereço da floricultura, mas sempre vibra com tuas conquistas, não esquece de te acalentar nas tuas angústias, e sem nenhum esforço incomum ameniza tuas piores dores, com a mera companhia e um abraço protetor… que agrada só por ser quem é…

Romântico é o cara que se esforça ao máximo para fazer de tudo para que uma mulher acredite que é a prioridade da vida dele, mesmo que isso não seja uma verdade… Gentil é o cara que naturalmente faz a mulher perceber que ela pode não ser a prioridade da vida nele, mas nem por isso ele deixará de dar a ela todo respeito e atenção, porque mostra, gentilmente, que a prioridade da vida de cada um deve ser o próprio “eu” …

Interessante seria se ambas qualidades andassem sempre juntas… mas… já vi histórias intrigantes, de mulheres descontentes, por terem, diante de si, um homem gentil, que não sabia presentear, que esquecia datas e não dava flores…

Porém as histórias mais surpreendentes vieram daquelas que cederam aos encantos de um homem extremante romântico, que as enchia de flores, e juras de amores, mas que, a cada pequeno descontentamento explodiam em fúria em um desequilíbrio que talvez flor alguma fosse capaz de curar a ferida criada, mas que por um ciclo vicioso de falsa ilusão, faziam a mulher acreditar que o romantismo que vivenciavam era a expressão da gentileza.. homens que decoraram a cartilha do romantismo, mas deixaram no dicionário o sentido do respeito.

O romantismo se extrai de gestos e palavras feitos e ditos com este fim; a gentileza se extrai da personalidade.
A gentileza sem romantismo é lamentável, mas aceitável; o romantismo sem gentileza é repudiável.
O romântico conquista e encanta, certamente. Mas é a gentileza e o respeito que um homem naturalmente dispensa a uma mulher que o faz realmente merecedor da alcunha de “O cara”!

Josi Sonagli

Mãe

Mãe

Uma palavra tão pequena de infinitos significados.
Mãe é mãe – é uma frase batida, e muito verdadeira.

Para quem recorremos quando criança, nos primeiros desafios? Nas primeiras decepções? Quem tem o afago e a sensibilidade que conforta? Nossa relação começa na gestação, onde somos formados a partir de seu próprio corpo. Que ligação íntima pode ser mais forte?

Mãe, retratar sentimentos em palavras, para descrever o que o amor materno significa é complexo. A nossa mãe se pudesse não deixaria que nada de mal nos acontecesse, mas a grande mãe sabe que a vida é feita para crescermos. Ao sairmos do ventre estamos aptos a enfrentar o mundo, contando sempre com seu apoio e amor.

Mães têm defeitos, apesar de não acharmos, elas são humanas, erram e acertam como todo mundo. Não cobre sua mãe demasiadamente, ela ama dar amor, mas também precisa recebê-lo.

Você já disse para sua mãe o quanto ela é importante para você? O quanto você a ama? Tenho certeza que ela sabe disso, só que é muito bom poder expressar isso de forma clara.

Nesse dia das mães quem tiver a oportunidade, olhe nos olhos de sua mãe, e agradeça por tudo, dê um abraço e um beijo sincero, tenho certeza que é o melhor presente que ela gostaria de receber.

FELIZ DIA DAS MÃES!

Em especial para a minha grande Mãezinha Maria Leonor Silva da Luz, que não vou poder ver neste domingo. Ela sabe que para mim e meus irmãos, não é apenas nesse domingo o dia dela, ao seu lado todos são especiais.

Te amo mãe!

Frederico da Luz – 10-05-2013