Sobre amar e sobre o amor

    Amor
    A tristeza está no ar, e o que precisamos é falar sobre o amor. Sim, o amor está também nos momentos tristes. Ele desperta a solidariedade, a compaixão e nos une como irmãos, nos faz sentir fortes, ou no mínimo, acolhidos e confortáveis.

    O costume de sermos amáveis é uma escolha. Logo, ao despertar pela manhã, seja capaz de selecionar o amor como roupa de baixo. Cada sorriso que oferece ao seu próximo, cada palavra confortante e olhar atencioso servirá como um alimento que faz crescer no seu coração algo maior, algo positivo.

    Desconheço uma explicação razoável para esse sentimento, e nem pretendo defini-lo, sentir já é o bastante. Tão grande e tão particular essa experiência divina me faz melhor.
    O amor é uma escolha!

    Comece amando você mesmo, suas atitudes, suas vontades e seus defeitos… Observe atentamente e procure em você o que te faz melhor, aquilo que te deixa mais feliz e mais seguro. Então, sinta Deus, e pense na sua capacidade de amar a todos nós, pense na energia superior e na capacidade de transformação que ela nos proporciona.

    Ou, simplesmente não pense em nada e deixe o amor te guiar. Descubra a fé… E por fim, não julgue nada e ninguém, não procure culpados, apenas observe.

    Nesse momento, você será capaz de amar aos outros seres e sentirá aquilo que só o amor é capaz de proporcionar: paz.
    Ah, já estava esquecendo: escute as crianças… São mestres no amor!

    Mel

O que você fez em 2012?

Em 2012 comprei uma bicicleta. Comprei uma bicicleta e decidi ser feliz. Ser feliz significa se autoconhecer, aceitar todas as características entranhadas em nosso DNA e aquelas adquiridas ao longo da vida. Hoje, prefiro potencializar qualidades e trabalhar arduamente para minimizar meus defeitos.

Quando você compra uma bicicleta muitos conceitos mudam…. o vento que sopra no ouvido é uma música e você sente o amor. Amor pela vida, amor por si mesmo e por todos que te rodeiam. As pedaladas te fazem acreditar nas descobertas e que realmente, a simplicidade da vida é o que dá sentido aos dias, às horas e aos minutos. Cada segundo tem seu valor, e, invariavelmente não volta mais.

Casar ou comprar uma bicicleta? Quando você compra uma bicicleta você casa. Sim, eu casei comigo mesma. Casei com meus pensamentos, com minhas vontades e com meu corpo. Aprendi a sorrir mais e a doar sem exigir.

Com a magrela aprendo que posso ser um nada entre os 7 bilhões de habitantes da Terra, mas que sou muito para aqueles que comigo convivem. Sou melhor pessoa quando vejo o sol e agradeço por estar aqui.

Fui feliz em 2012, tomei decisões, titubiei e voltei atrás, abracei, chorei, sofri e fiz sofrer. Algumas vezes não tomei decisão nenhuma e as coisas fluíram… colhi flores em jardins alheios, plantei flores no meu próprio e algumas vezes acabei colhendo espinhos. Tudo foi válido.

Inicia-se o mês das reflexões, o mês dos encontros de família, o mês da correria e do balanço final. No último dia do calendário anual tudo é esperança, tudo é motivação e mesmo que com tristezas, no simbólico 31 de dezembro estaremos com nós mesmos, estaremos ali, com nosso coração aberto, desejando que em 2013 tudo seja diferente, ou igual, para os satisfeitos.

Em 2012 comprei uma bicicleta, e sou mais feliz.

Mel

As eleições estão aí…

eleitor

Por estar em casa no horário de almoço, todos os dias me pego assistindo o programa eleitoral das 13:00. Refletindo, necessitei expressar de alguma forma meu pensamento (talvez indignado) em relação às eleições municipais de 2013. Longe de fazer alguma apologia ideológica, a intenção é provocar no mínimo um pensamento reflexivo no leitor.

Os candidatos a uma vaga na câmarase parecem mais com candidatos a milagreiros do que qualquer outra coisa. Desde que me conheço por gente ouço os candidatos prometendo melhorias na saúde, educação, valorização dos professores e apoio ao esporte. Promessas referentes à legalização da maconha e apoio aos animais abandonados são trunfos mais recentes. Nos meus quase 30 anos, vejo algumas mudanças nas cidades, mais prédios, mais ruas, a guarda municipal que cuida do trânsito, alguns shoppings e até alguns postos de saúde a mais. Mudanças em sua maioria de estrutura física, que de certa forma, acompanham o aumento populacional. Infelizmente os problemas reais, como filas na saúde devido à falta de médico, baixos salários aos professores, falta de creches municipais, falta de incentivo para atletas e aos esportes no geral, saneamento básico inexistente e corrupção, estão aí e parecem aumentar na mesma proporção que se multiplicam as pessoas.

Devemos ter a consciência da verdadeira função do vereador, que é legislar em nível municipal, redigir projetos que devam ser votados por todos os componentes da Câmara. Vereador não define nada sozinho, muito menos orçamento pra isso ou aquilo.O vereador é um representante da população que identifica problemas no município e formula projetos para que esses sejam resolvidos, sempre dependendo da aprovação dos outros colegas.

Acredito que as coisas não mudem por dois motivos: o primeiro é a incapacidade da maioria dos vereadores eleitos em legislar, não possuem requisitos intelectuais e também não se “equipam” de pessoas que os auxiliem verdadeiramente. Contratam auxiliares de gabinete sem capacidades técnicas, amigos ou familiares, muitas vezes portroca de favores oriundos do período eleitoral. O segundo motivo pelo qual as cidades permaneçam sempre com as mesmas deficiências é a atitude do eleitor, do povo no geral, que fecha os olhos para a política eleitoral durante 4 anos, e finge que lembra de alguma coisa durante a eleição. Não somos acostumados a cobrar da pessoa na qual votamos. Aliás… você lembra em quem votou na eleição passada?

Alegamos indisponibilidade (pra não dizer preguiça)de “se envolver em política”, e ainda, colocamos a culpa na própria política, na falta de respeito dos que comandam. Sim eles não nos respeitam, mas é justamente por permitirmos. Normalmente votamos em algum amigo, conhecido de parente ou ainda decidimos nosso voto um dia antes da eleição por simples simpatia à proposta e figura do candidato. Dificilmente tomamos conhecimento da vida pregressa do indivíduo, seu trabalho na sociedade ou mesmo conhecemos sua formação intelectual. Não valorizamos nosso voto, acabamos por banalizar esse ato tão importante.

No dia da eleição, ou mesmo antes, tentemos ser mais interessados pela escolha do vereador que receberá nossa confiança. Sabemos que os candidatos não são lá essas coisas, mas observemos que no mínimo dos mínimos as promessas tenham coerência, e que sejam propostas possíveis, compatíveis com a função que irão exercer. Na década de 80 a luta por democracia foi grande, agora, honremos esse direito!

Bom voto!

Mel

A mudança que vem de dentro

Algumas pessoas possuem a consciência expandida. Reconhecem que fazem parte do todo e que o nosso papel é amar ao próximo, preservar a natureza e blablablá…

Ok. Já fui mais encarnada nessa conversa de anticapitalismo, de combater corrupção e de discutir uma “revolução” no sistema em que vivemos. O consumo é exagerado, deve haver reforma no sistema, devemos todos viver em união para uma melhor qualidade de vida. Era essa a discussão e ponto. Fiz muitos amigos assim, me identifiquei com algumas pessoas e minhas ideias ganharam toques de reflexão.

Também bebi muito vinho barato e cerveja em ocasiões de tais “discussões”. E no dia seguinte todo mundo corria comprar uma coca-cola… Perdi alguns lindos dias na ressaca. E Isso me fez feliz por algum tempo, mas sentia que não estava agindo para mudar as coisas…
Pois bem, com o tempo passando, e com meu filho já mais crescido, faço reflexões de quais ideias transmitir a ele, de qual motivação apresentar para sua cabecinha ainda virgem do conhecimento histórico-político desse nosso mundo. E com os filhos a gente sempre aprende mais do que ensina…

Aprendi que a revolução não vai acontecer armada, como os “revolucionários” bebuns (me incluindo) predizem, a revolução acontece silenciosamente em cada um de nós. A mudança de simples atitudes diárias nos faz reacionários, e faz com que melhoremos de alguma forma, mesmo que pouco, a condição do mundo.

Separe o seu lixo, ande de bicicleta, deixe o carro na garagem e vá na padaria a pé, seja gentil com os mais idosos e com todos que encontrar no seu dia, não julgue as pessoas, procure compreender as situações, e entre em contato com a natureza. Faça um trabalho voluntário e pare de reclamar do sistema. Participe de eventos beneficentes ou de esporte no domingo de manhã (sempre tem algum).

Essas atitudes fazem de você um revolucionário! Deixe de beber em uma sexta feira e acorde no sábado disposto, sem ressaca e visite um lar de crianças… gaste 1% do seu salário para ajudar uma ONG de animais abandonados. Aproveite sua folga e vá pedalar, sentir o sol. Prefira os vegetais às carnes, os sucos ao refrigerante…

Mas vamos combinar né, pra tudo tem um meio termo… um vinho com os amigos e alguma discussão também são fundamentais para alimentar nossa alma e nos fazer reacionários. Porém não esqueça (parafraseando algum autor que desconheço):

– Seja a mudança que queres ver no Mundo!

Mel – Leitora