
Como é bom se apaixonar, criar um ideal referente a alguém e só ver coisas belas e interessantes no outro, que na verdade não passam de uma ilusão. O outro não é o ideal que construímos dele, isso é fato.
Como é bom olhar o outro com os olhos da paixão, com o mistério que ela traz na construção de um ideal utópico sobre o outro que na verdade não conhecemos, não nos apaixonamos pelo outro, e sim pelo ideal que criamos dele.
Como é bom, ter o coração acelerado, o suspiro profundo, o desejo da conquista, naquele autoengano que encanta e nos faz mover montanhas.
A fase da paixão é intensa, tudo são flores, até o defeito do outro vemos como qualidade. Nossa projeção é tão forte que só beleza e desejo conseguimos ver.
Depois da paixão, que dizem pode durar dois anos, existem os sortudos apaixonados que conseguem transformar a paixão em amor e vivenciam outra relação. Normalmente, não tão intensa quanto a paixão, mas algo até mais prazeroso com a paz e tranquilidade que um amor traz. Algumas situações até fazem relembrar a paixão, que bom que algumas vezes seja possível reviver aqueles sentimentos, já numa fase mais madura de uma relação como o amor.
Paixão, amor, relações. Todas as fases que se vivência numa relação são interessantes, basta saber aproveitar e viver o que a vida proporciona, com suas intensidades, riscos e mistérios.
Dá pra viver um amor, sem ter vivido a paixão?
Frederico da Luz