A mudança que vem de dentro

Algumas pessoas possuem a consciência expandida. Reconhecem que fazem parte do todo e que o nosso papel é amar ao próximo, preservar a natureza e blablablá…

Ok. Já fui mais encarnada nessa conversa de anticapitalismo, de combater corrupção e de discutir uma “revolução” no sistema em que vivemos. O consumo é exagerado, deve haver reforma no sistema, devemos todos viver em união para uma melhor qualidade de vida. Era essa a discussão e ponto. Fiz muitos amigos assim, me identifiquei com algumas pessoas e minhas ideias ganharam toques de reflexão.

Também bebi muito vinho barato e cerveja em ocasiões de tais “discussões”. E no dia seguinte todo mundo corria comprar uma coca-cola… Perdi alguns lindos dias na ressaca. E Isso me fez feliz por algum tempo, mas sentia que não estava agindo para mudar as coisas…
Pois bem, com o tempo passando, e com meu filho já mais crescido, faço reflexões de quais ideias transmitir a ele, de qual motivação apresentar para sua cabecinha ainda virgem do conhecimento histórico-político desse nosso mundo. E com os filhos a gente sempre aprende mais do que ensina…

Aprendi que a revolução não vai acontecer armada, como os “revolucionários” bebuns (me incluindo) predizem, a revolução acontece silenciosamente em cada um de nós. A mudança de simples atitudes diárias nos faz reacionários, e faz com que melhoremos de alguma forma, mesmo que pouco, a condição do mundo.

Separe o seu lixo, ande de bicicleta, deixe o carro na garagem e vá na padaria a pé, seja gentil com os mais idosos e com todos que encontrar no seu dia, não julgue as pessoas, procure compreender as situações, e entre em contato com a natureza. Faça um trabalho voluntário e pare de reclamar do sistema. Participe de eventos beneficentes ou de esporte no domingo de manhã (sempre tem algum).

Essas atitudes fazem de você um revolucionário! Deixe de beber em uma sexta feira e acorde no sábado disposto, sem ressaca e visite um lar de crianças… gaste 1% do seu salário para ajudar uma ONG de animais abandonados. Aproveite sua folga e vá pedalar, sentir o sol. Prefira os vegetais às carnes, os sucos ao refrigerante…

Mas vamos combinar né, pra tudo tem um meio termo… um vinho com os amigos e alguma discussão também são fundamentais para alimentar nossa alma e nos fazer reacionários. Porém não esqueça (parafraseando algum autor que desconheço):

– Seja a mudança que queres ver no Mundo!

Mel – Leitora

2 thoughts on “A mudança que vem de dentro

  1. Oi Mel .
    Então, senti vontade de comentar seu texto, pois de certa forma me “incomodei” com ele, porque não considero as que tu citou (separar o seu lixo, andar de bicicleta, deixar o carro na garagem e ir na padaria a pé, ser gentil com os mais idosos e com todos que encontrar no seu dia, não julgar as pessoas, procurar compreender as situações.).. sejam atitudes revolucionárias, pois elas não modificam o cerne das injustiças e também porque mais parecem ações individuais e não coletivas, que são as que realmente tem força.
    O que considero revolucionário é o que destrói a ordem vigente e constrói um novo modelo de sociedade e com isso um novo homem, de maneira completa, mostrando o que há de errado, o que há de podre.
    Não que se exclua as ações que possam melhorar nosso cotidiano, mas elas não são revolucionárias, pois não quebram no meio esta sociedade. Obviamente temos muitos problemas com os que se dizem revolucionários, mas que na prática de sua vida são conservadores. Acho também que tomar uma coca-cola não te faz menos militante se tiver consciência de que é necessário lutar contra os monopólios como um todo, são muitos, não somente a Coca. Acho que a reflexão em si sobre o mundo em que vivemos, mesmo em uma mesa de bar ou com vinho barato não deve ser descartada, pois pode ser um “abrir de olhos” para alguém e isso mudar radicalmente a sua vida e deixá-la com um sentido sem igual: o de transformar totalmente essa sociedade.

    “A vida é bela. Que as futuras gerações a livrem de todo mal e opressão, e possam desfrutá-la em toda sua plenitude.”
    🙂

    Beijos
    Mi

  2. Oi Mel .
    Então, senti vontade de comentar seu texto, pois de certa forma me “incomodei” com ele, porque não considero as que tu citou (separar o seu lixo, andar de bicicleta, deixar o carro na garagem e ir na padaria a pé, ser gentil com os mais idosos e com todos que encontrar no seu dia, não julgar as pessoas, procurar compreender as situações.).. sejam atitudes revolucionárias, pois elas não modificam o cerne das injustiças e também porque mais parecem ações individuais e não coletivas, que são as que realmente tem força.
    O que considero revolucionário é o que destrói a ordem vigente e constrói um novo modelo de sociedade e com isso um novo homem, de maneira completa, mostrando o que há de errado, o que há de podre.
    Não que se exclua as ações que possam melhorar nosso cotidiano, mas elas não são revolucionárias, pois não quebram no meio esta sociedade. Obviamente temos muitos problemas com os que se dizem revolucionários, mas que na prática de sua vida são conservadores. Acho também que tomar uma coca-cola não te faz menos militante se tiver consciência de que é necessário lutar contra os monopólios como um todo, são muitos, não somente a Coca. Acho que a reflexão em si sobre o mundo em que vivemos, mesmo em uma mesa de bar ou com vinho barato não deve ser descartada, pois pode ser um “abrir de olhos” para alguém e isso mudar radicalmente a sua vida e deixá-la com um sentido sem igual: o de transformar totalmente essa sociedade.

    “A vida é bela. Que as futuras gerações a livrem de todo mal e opressão, e possam desfrutá-la em toda sua plenitude.”

    Futuras gerações – quem sabe os netos,… bisnetos do Biel 🙂

    Beijos
    Mi

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