Críticas: tê-las ou não tê-las?

Não existe, no mundo, alguém que fique feliz ao receber uma crítica. Há aqueles que afirmam não teme-las.. mas, embora admire a ousadia, creio que é mais uma forma de superação do que uma verdade propriamente dita.

Em geral, fazemos as coisas sempre acreditando estarmos fazendo o melhor. Seja trabalhando, seja em nossos relacionamentos, seja nas coisas mais banais, a proposta da grande maioria das pessoas é superar-se, dar o melhor de si.

Porém, não precisa ter muito conhecimento para sabermos que dificilmente (para não dizer jamais) agradaremos a todas as pessoas. Existem pessoas que nos admirarão e valorizarão cada passo nosso, porém as mesmas condutas, submetidas a outros olhos, podem ter um juízo de completa reprovação.

Quem já se submeteu a uma banca julgadora, que o diga.
Outro dia me vi assim, submetida a diversos avaliadores. E apresentando um único trabalho a todos eles, recebi os mais diversos comentários de avaliação: há os que afirmarem ser o melhor dos trabalhos já vistos, destacando os detalhes que mais apreciaram, enquanto outros, porém, levantaram as mais diversas críticas.

E neste impasse a primeira pergunta que nos vem a tona é: em quem eu acredito? Se todos os avaliadores tem o mesmo nível de instrução, qual estará fazendo o juízo mais acertado?

Concluí – sem sombra de dúvidas – que inexiste uma resposta correta. Seres humanos que somos, dotados de alta carga de subjetividade, cujos gostos e valores variam não apenas por critérios íntimos, mas também por influências culturais e de grupos de pessoa afins, a todo tempo acabamos tendo os mais diversos julgamentos, sendo impossível chegar-se a um só consenso sobre determinada matéria.

E assim, passado o aborrecimento inicial decorrente das críticas recebidas, é inquestionável a grandeza que se pode extrai delas. Eu, particularmente, penso em evoluir, e aprimorar muitas coisas nas minhas condutas e formas de ver a vida… mas, sei que, sozinha, sou incapaz de perceber tudo que precisa ser lapidado! Reconheço que as indesejadas críticas são sim indispensáveis no meu processo evolutivo. Depois daquele sentimento que nos vem, de querer explicar aos críticos o motivo de cada conduta, reconheci que muitas das observações tinham sim grande pertinência e, no fundo, eram as deficiência que eu mesma já havia observado.

Pois bem… se eu mesmo já sabia… porque então mesmo que fiquei aborrecida? As críticas são o espelho que a gente precisa para poder reparar aquilo que nós mesmos sabemos que precisa ser revisto…mas por alguma razão… acabamos deixando desapercebido…

Não temos que concordar com tudo que ouvímos; e ninguém tem que concordar com tudo que fazemos. Mas é nobre e revela sabedoria ouvir do outro o que tem a dizer: acolho o que acho pertinente e o que não acho, ouço, respeito e sigo em frente!

Josi Sonagli

Silêncio

Você sabe silenciar?

Hoje com a vida que o mundo atual nos induz a levar, são raras às vezes, que temos tempo para simplesmente ficar quieto, silenciar, escutar o silêncio, louco isso não? Escutar o silêncio, vocês devem pensar o que esse maluco está escrevendo…Vou tentar explicar.

Esse exercício nada mais é, do que tentar escutar-se a si próprio, escutar o que você sente, o momento que você está, tudo anda bem? Ou queres que alguma mudança ocorra? Essa mudança depende de você?

Refletir sobre a vida é algo que realmente gosto de fazer, mas lembro que pensamento não gera mudança. Apenas a atitude tem esse poder. Claro que não podemos tornar tudo o que temos vontade em realidade, no entanto, várias coisas estão ao nosso alcance, só depende de uma mudança de atitude. Fácil não é, mas vale a pena, podem ter certeza.

Essa reflexão só é possível, se tivermos um tempo reservado para nós, que possibilite escutarmos o nosso “silêncio”. Não aconselho, entretanto, um longo período nesse estado, lembrando mais uma vez, os pensamentos não geram mudança, a palavra mágica que gera transformação é atitude.

Essa semana estava refletindo sobre os textos que escrevo, e em alguns deles me senti de certa forma prepotente, escrevendo de uma forma como se aquilo que escrevo fosse uma verdade absoluta. Tenho plena consciência que não tenho o poder de escrever o “certo”, o “verdadeiro”, minha única intenção é tentar ajudar de alguma forma, que minhas “viagens” (reflexões), sirvam para algo positivo.

Muitas vezes não gosto do que escrevo, esse texto na verdade, não curti muito, mesmo assim, ai esta ele. Podem criticar a vontade, fico extremamente feliz de ter algum retorno sobre eles, até para saber se eles estão alcançando o fim que desejo, obrigado aos que dispendem tempo para ler minhas “viagens”.

Frederico da Luz – 14-02-2011