
No último final de semana tive uma experiência maravilhosa que preciso compartilhar! Acreditem: uma aula de pós-graduação!
Mas, para mim, não foi uma aula de pós-graduação qualquer: foi sim um incentivo pela busca de si mesmo!
O professor, um mestre na arte da filosofia, tem como objetivo de aula lecionar Noções de Marketing e Relações Humanas, no currículo de uma pós graduação voltada para advogados de empresa. A proposta é ter noções de marketing; de como atingir o outro. E para isso, propôs-nos – nosso nobre professor: para compreendermos os outros, temos que, antes de tudo compreendermos a nós mesmos!
Estamos vivendo num mundo marcado por uma inversão de valores, uma sociedade de massa, em que, ao sermos vistos mais como número, do que como pessoas, acabamos nos perdendo, e não conseguindo muitas vezes nos identificar, e definir o caminho que queremos seguir.
Sabemos o que não queremos, mas evitamos seguir em frente, temendo estar indo para um lugar que não sabemos, ao certo, se é isso mesmo que queremos!
Será que trata-se de um problema atual?
Seguindo assim as tocantes lições da aula, iniciei a leitura da obra recomendada: “O homem a procura de si mesmo” (Rollo May). Um livro de 1953, que retrata o maior problema da época: adivinhe qual é? Um grande descontentamento do homem, ao deparar-se com um vazio que não sabe a origem, diante de uma sociedade conturbada por uma mudança de valores, que faz com que cada um não saiba mais quem é de verdade, e nem para onde deseja segui…
E então? Alguma semelhança? Dei risadas, entre as reflexões, ao perceber que passa-se o tempo, a sociedade evoluiu, mas o maior dilema do ser humano permanece idêntico a cada diferente geração: a dificuldade de compreender a realidade em que vive, pois poucas vezes os bancos escolares e acadêmicos orientam e despertam no aluno o interesse e a importância pela busca de si mesmo!
E agora, filosofei demais? As vezes pode até dar uma tontura.. mas me diga, existe alguma forma de encontrar um caminho, para qualquer problema, sem parar para pensar? Existir, penso que não exista, mas hoje, vivemos numa sociedade tão apressada na colheita de resultados, que muitas vezes já não sabe mais pensar… quer antes seguir os padrões já estabelecidos por uma fonte que sequer é possível identificar. E seguimos regras sem saber porque…em conseqüência, colhemos resultados insatisfatórios… e então, nos perguntamos: porque isso comigo? Segui todas as regras, porque isso não deu certo??
Para responder esta pergunta, creio que permanece atual o milenar conselho de Sócrates “ Conhece-te a si mesmo”!
Realizá-lo não tem me parecido um caminho tão simples! Mas a própria ciência dá sustento à técnica: tudo há de ser uma questão de hábito! Resta simplesmente definir aonde se quer chegar! Eis o grande dilema!
Josi Sonagli
Nada melhor do que gdes reflexões! Como nosso sistema de educação eh utilitarista, a grande maioria das pessoas não se debruça p dentro, não faz mergulho interno, pra auto-conhecimento. Eh um mergulho infernal mas, extremamente produtivo e benéfico, engrandecedor. Nunca se investiu tanto em tecnologias, avanços enormes, globalização! Porém, vivemos um mundo de pessoas que não se tornaram humanas, vivem inversão de valores e mal conseguem elevar seus pensamentos pra exclamar: Aba, obrigado! Aba, aba, tenha de piedade de nos. Abs, Williane
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