Não que eu me ache inteligente. Apenas tive a sorte de ter oportunidades e as aproveitei.
Queria ser burro, para não ficar praticamente 24 horas por dia conectado.
Queria ser burro, para poder acordar a hora que bem quisesse.
Queria ser burro, para não ter responsabilidade, a não ser com minhas necessidades vitais.
Queria ser burro, para sonhar e não criticar meus sonhos colocá-los em prática, sem rodeios.
Queria ser burro, para me permitir sentir mais, ser mais afetivo, mais romântico, intenso.
Queria ser burro, para não precisar agendar todos meus compromissos, limitando se a dizer foda-se.
Queria ser burro, para não distinguir o certo do errado, para viver a vida de forma leve, sem preocupações.
Queria ser burro, para rir e chorar quando tiver vontade, sem me importar com status ou posição social.
Queria ser burro, para curtir a natureza, a maioria das coisas que temos nos é dada de graça, ou o ar que respiramos é cobrado?
Queria ser burro, para abraçar, beijar, ficar perto, pouco me importando sobre o que as pessoas vão pensar sobre isso.
Queria ser burro, para simplesmente viver a vida. Sentir os sentimentos da forma mais intensa e primitiva que existe, fazendo apenas…
Você não queria ser burro?
Frederico A. S. da Luz – 07-05-2012
Parabéns.
gostei muito.
Frederico,
como diz o professor Clovis Barros: “o vento venta, o sapo sapeia e a maré mareia”. Só quem pensa somos nós e o pensar nos leva a escolhas. E aí está o problema, as escolhas. Essas nos causam a tal da angústia, esta grande duvida e incerteza de escolher o caminho certo, o compromisso que devemos assumir, direita ou esquerda…
Angústia.
Não, não queria ser burro! Como alguém comentou, “burro” é palavra forte! Queria ser leve, como o vento, para viver sempre na leveza; ver as dificuldades com menos ardor; sentir a vida, com mais frescor! Se pudesse escolher então seria borboleta, linda, leve; vive uma vida efêmera, mas intensa, bela e encantadora! É bela pois rompeu com o casulo! Se tivesse se acovardado, não seria bela! Há diversas coisas que condicionamos na nossa vida por força deste mundo moderno….Pelo medo que nos sufoca.. Por vezes o computador nos impede de usufruirmos de maravilhosas belezas! Mas isso é questão de hábito! Se posso escolher passar no fim da tarde pela Beira Mar ou pelo Túnel… alguns minutos a mais ou a menos por vezes não fazem a diferença… mas contemplar o por do sol enquanto se aguarda um trânsito frenético.. aí sim… pode fazer a diferença! Melhor do que ficar acessando internet pelo celular! Mas é uma questão de escolha… e só escolhe, quem pensa! O burro vive apenas no instinto… e isso o limita! O ser humano pode escolher ousar e se reinventar… e isso o liberta!
Frederico
Nunca havia pensado nessa possibilidade de ser “burro” mas diante da forma como você transmite no teu texto refleti e com certeza tens toda a razão. Precisamos parar para reorganizar nossas vidas.
Abraços Pilar Souza
FREDERICO ACHEI MUITO INTERESSANTE TUAS PUBLICAÇÕES.FIZ UMA BELA REFLEXÃO!!!
BJS
EM TEMPO , NÃO TOTALMENTE BURRA, MAS PARA CERTAS OCASIÕES!!!
BOM FIM DE SEMANA!!!!
FREDERICO ADOREI OS TEXTOS DO TEU BLOG E CHEGUEI A CONCLUSÃO QUE QUERIA SER BURRA!!!!!!HEHEHEHEHEHEH UM GRANDE ABRAÇO
Agora já pretendo a começar ser BURRA… não quero mais aturar pessoas que se acham inteligente dizendo tudo que é asneira e querendo que os outros as aceitem… esquecer que o tempo passou e retomar algumas atitutes que nos pareciam erradas, mas que eram puro preconceito da sociedade… vamos tentar nos dar oportunidades de se aventurar. É BOM OLHAR PARA O PASSADO E DIZER ERREI… O PIOR SERIA NÃO TER APROVEITADO ESSE TEMPO.. . BEIJO MEU QUERIDO ALUNO…
Gostaria de tudo isso, mas sem burrice..quem sabe com um pouco de “ignorância” nas coisas que a gente complica!
beijão
Oi Fred,
Muito interessante a proposta aqui do teu blog. É preciso coragem pra colocar no papel o que a gente pensa, mais ainda pra deixar que os outros saibam. Bem legal. E fiquei pensando sobre esse teu texto, sobre o desejo de vez em quando de ser “burro”… mas sabe, acho que pra conseguir o desapego, a leveza, a serenidade, a liberdade, a intensidade de que tu fala tem que ser é muito inteligente… rsrs Vou continuar acompanhando por aqui tuas reflexões. Mas por favor, continue escrevendo como se estivesse só falando contigo mesmo.. beijão e boa sorte.
Gabi! Sim é isso aí.
Beijos
Fred,
Essa coisa de ser “burro” é forte, ehehhehe Vai que “ser burro” é ser empacado? ehehehe
Burro=desprovido de inteligência? Se for isso, acho que não precisa mexer no intelecto para conseguir curtir a vida essencialmente, sem os penduricalhos e os estigmas que listaste ali em cima.
Talvez sendo um pouquinho “ignorante proposital”, no sentido de se fazer desentendido para não se preocupar com tanta coisa e tentar viver bem!
Aliás, esse é sempre um dos temas das nossas conversas, né? Como deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo sabendo que tem tanto coisa errada lá fora? Simples, é preciso ser um ignorante proposital!
Te amo!
bjão
O texto também me remete às crianças… onde nos atos em comum, aos do burro, existe a inocência e a simplicidade, muitas vezes perdidas por nós!
(…) Professores por excelência, as crianças ensinam brincando, ao passo que nós, que nos acreditamos maduros, pretendemos ensinar as crianças, estimulando-as a perder a simplicidade, incentivando-as a viver de maneira complicada, tentando incurtir-lhes certo modo de ver o mundo e um padrão de vida mais sério, mas nem por isso melhor. (…) Quem ensina quem? Quem está aprendendo com quem? E ainda mais: quem deseduca quem? (Madre Tereza de Calcutá)
Quem sabe deixar de lado o ser burro e tentar agir como uma criança? Acho que precisamos disso, ao menos eu preciso!! Agir com espontaneidade, descontração, ver a vida de uma forma divertida… vale a pena!!!
Frederico, te desejo muita força e alegrias.
E que este caminho te leve ao que é de melhor dentro da gente: simplicidade!
Talvez este desabafo tenha sido um sentimento primitivo e natural do ser humano!
Isto não é ser BURRO, é simplesmente existir!
A existência não precisa de nada a não ser existir, e quando estamos em conato direto com a natureza e com o que é natural, percebemos que mais nada é importante!
Mas infelizmente, ainda necessitamos conviver e evoluir, para chegar a este sentimento de plenitude que o não fazer proporciona.
Por esta razão continuamos a trabalhar e tentar progredir.
Mas esta lição interior, este contato com a tua essência te dará forças para continuar e aprender e ensinar…
Bom caminho!
Vale sempre!
Tambem!!!!