
Vivemos hoje uma época em que temos que ser diferentes. Quem é valorizado é quem se destaca que inova, que é o melhor, o primeiro, o mais bem sucedido, o vencedor. Entendo que isso possa ser até positivo, dependendo do objetivo que se quer alcançar.
Essa “moda” que nos leva a querer buscar essa diferenciação e destaque é imposta pela sociedade que valoriza e exalta essas pessoas.
O mundo vem se tornando mais egoísta, com tudo isso. Cada vez menos solidário, onde vale praticamente tudo para aparecer, destacar-se. E quem não se destaca? Não é melhor, não serve? É um perdedor? Um fracassado?
A sociedade impõe uma fórmula onde apenas poucos podem ser felizes. Não acredito que a realidade seja essa. Para ser feliz não precisamos ser o melhor, o número um, até porque para se alcançar esse lugar de destaque, é necessário abrir mão de muitas coisas.
O profissional TOP provavelmente não é um bom pai, pois não tem tempo para os filhos. O atleta campeão tem uma vida rigorosa e de muitas restrições o que se não impede, impõe muitas restrições e dificuldades pessoais.
Hoje lutamos para se destacar, superar, ganhar de alguma forma de alguém, ser o melhor. Isso é uma corrida sem fim, que não leva a lugar nenhum, apenas a frustração. Por que não basta ser o melhor, tem que manter se melhor.
Por que não valorizamos as pessoas que não são os melhores, mas fazem o seu melhor. Não pensam em si, e sim no todo. Não querem títulos, destaque, ou as glórias, e sim apenas ser feliz de modo simples.
A vida é um aprendizado constante onde a felicidade encontra-se disponível a todos. Basta que consigamos enxergá-la nas coisas que realmente importam. Nenhum título, nem uma vitória são maiores do que a paz de espírito. O bem comum deveria ser a meta e o objetivo de cada um de nós, crescermos juntos é melhor que vencer sozinho.
Olhe ao seu redor… O que o motiva? Isso lhe gera paz ou ansiedade?
Quero ser apenas mais um…
Frederico A. S. da Luz